Lívia era uma menina linda, cabelos negros e lisos, pele amorenada, dona de um sorriso incomparável e um olhar envolvente. Nossa turma de amigos tinha, em média, onze ou doze anos de idade, enquanto Lívia já estava no alto dos seus dezesseis anos de vivência.
Certa feita um de nossos amigos pegou piolho e, naquela época, quem tivesse piolho não entrava no colégio, até que as pragas fossem eliminadas. Situações extremas requerem medidas extremas, e a mãe do nosso amigo mandou raspar seu cabelo. De imediato a gurizada começou a zoar o pobre menino, pois, naquela época, ninguém raspava o cabelo, a menos que tivesse piolho, e ter piolho era a maior vergonha do mundo, no "nosso mundo".
O fato todo acabou rendendo ao nosso amigo o apelido de Carequinha.
Carequinha era um menino muito magro e muito baixinho, o menor de todos nós. Apesar de ter a mesma idade da maioria, parecia ter três anos a menos. Por ser o mais franzino, era um tipo de "mascote" da nossa turma, e tinha todo o carinho da molecada.
Uma vez estávamos todos jogando taco no meio da rua, quando passou Lívia, linda e sorridente. Simpática, como de costume, cumprimentou a todos e, em um ato inexplicável, parou, deu um beijinho na bochecha do Carequinha e diparou-lhe uma piscadela com o olho esquerdo, seguido de um sorriso maroto. Pronto! Mal sabíamos que aquele beijinho e aquela piscadela teriam agido como um heart shot, um tiro certeiro no coração do nosso amigo Carequinha. Dali em diante Carequinha não foi mais o mesmo: andava suspirando pelos cantos, não queria mais andar com o pessoal, tudo pela paixão por Lívia, que fulminou seu coração.
Em uma oportunidade, havia um circo em nosso bairro, e carequinha vendeu seu carrinho de rolimã (os quais nós denominávamos como "carrinho de descida"), por 5 mil cruzeiros (ou cruzados, não lembro). Comprou duas entradas e convidou Lívia para assistir ao espetáculo circense, a qual aceitou e ficou com o ingresso que Carequinha lhe comprara. No dia e hora marcados, Carequinha não conseguia encontrar Lívia em meio à multidão. O Espetáculo já havia começado e Carequinha decidiu entrar, na esperança de que sua amada chegasse um pouquinho atrasada. Para sua surpresa, ao adentrar às lonas do circo, Carequinha vê sua amada assistindo ao espetáculo com Átila, um guri de 18 anos, que morava do outro lado do bairro. E o pior não era isso, eles estavam aos beijos, e comendo algodão doce! A decepção de Carequinha foi imensa. A nossa turma passou muitos dias tentando "reanimá-lo", e tentando lhe explicar que Lívia não era uma menina para ele. Mesmo passados muitos meses, sempre que lembrávamos do fato ele, com uma tristeza no olhar dizia: "poxa pessoal, mas era impossível não se apaixonar por ela...".
Assim é o paintball, assim é a Cia. Charlie, assim é o Dragão Azull.
A minha personalidade sempre foi de tentar encontrar o meio termo das situações, sempre tentar encontrar uma saída entre um extremo e outro. Porém, nem sempre as circustâncias permitem que o meio termo seja a melhor opção e, muitas vezes, as circustâncias requerem da gente uma postura mais agressiva (no sentido de atitude, e não violência).
E foi no Dragão Azull, mais precisamente na Cia. Charlie, onde esse comportamento é mais intenso, que comecei ter uma postura mais agressiva, de enfrentamento, tudo graças aos treinamentos a que somos submetidos, em razão das características de nossa companhia, de avançar sempre, independentemente do que nos espera à frente. Quando decidimos enfrentar um obstáculo e partir pra cima dele, sempre seremos vencedores pois, na pior das hipóteses, teremos vivenciado uma experiência, a qual servirá de lição para que não voltemos a cometer os mesmo erros.
Como se pode notar, e nós já sabemos isso, paintball é muito mais do que um esporte, é um esporte que nos ensina a ver as situações de um outro ângulo, nos ensina a ver - e viver - a vida de uma outra maneira.
Paintball, Companhia Charlie, Dragão Azull: Impossível não se apaixonar por eles!!
Ótima semana a todos
__________________________
D.A. 06 - 2º Comando Cia. Charlie
Nasceu um Dragão!! Chalrie!!
Certa feita um de nossos amigos pegou piolho e, naquela época, quem tivesse piolho não entrava no colégio, até que as pragas fossem eliminadas. Situações extremas requerem medidas extremas, e a mãe do nosso amigo mandou raspar seu cabelo. De imediato a gurizada começou a zoar o pobre menino, pois, naquela época, ninguém raspava o cabelo, a menos que tivesse piolho, e ter piolho era a maior vergonha do mundo, no "nosso mundo".
O fato todo acabou rendendo ao nosso amigo o apelido de Carequinha.
Carequinha era um menino muito magro e muito baixinho, o menor de todos nós. Apesar de ter a mesma idade da maioria, parecia ter três anos a menos. Por ser o mais franzino, era um tipo de "mascote" da nossa turma, e tinha todo o carinho da molecada.
Uma vez estávamos todos jogando taco no meio da rua, quando passou Lívia, linda e sorridente. Simpática, como de costume, cumprimentou a todos e, em um ato inexplicável, parou, deu um beijinho na bochecha do Carequinha e diparou-lhe uma piscadela com o olho esquerdo, seguido de um sorriso maroto. Pronto! Mal sabíamos que aquele beijinho e aquela piscadela teriam agido como um heart shot, um tiro certeiro no coração do nosso amigo Carequinha. Dali em diante Carequinha não foi mais o mesmo: andava suspirando pelos cantos, não queria mais andar com o pessoal, tudo pela paixão por Lívia, que fulminou seu coração.
Em uma oportunidade, havia um circo em nosso bairro, e carequinha vendeu seu carrinho de rolimã (os quais nós denominávamos como "carrinho de descida"), por 5 mil cruzeiros (ou cruzados, não lembro). Comprou duas entradas e convidou Lívia para assistir ao espetáculo circense, a qual aceitou e ficou com o ingresso que Carequinha lhe comprara. No dia e hora marcados, Carequinha não conseguia encontrar Lívia em meio à multidão. O Espetáculo já havia começado e Carequinha decidiu entrar, na esperança de que sua amada chegasse um pouquinho atrasada. Para sua surpresa, ao adentrar às lonas do circo, Carequinha vê sua amada assistindo ao espetáculo com Átila, um guri de 18 anos, que morava do outro lado do bairro. E o pior não era isso, eles estavam aos beijos, e comendo algodão doce! A decepção de Carequinha foi imensa. A nossa turma passou muitos dias tentando "reanimá-lo", e tentando lhe explicar que Lívia não era uma menina para ele. Mesmo passados muitos meses, sempre que lembrávamos do fato ele, com uma tristeza no olhar dizia: "poxa pessoal, mas era impossível não se apaixonar por ela...".
Assim é o paintball, assim é a Cia. Charlie, assim é o Dragão Azull.
A minha personalidade sempre foi de tentar encontrar o meio termo das situações, sempre tentar encontrar uma saída entre um extremo e outro. Porém, nem sempre as circustâncias permitem que o meio termo seja a melhor opção e, muitas vezes, as circustâncias requerem da gente uma postura mais agressiva (no sentido de atitude, e não violência).
E foi no Dragão Azull, mais precisamente na Cia. Charlie, onde esse comportamento é mais intenso, que comecei ter uma postura mais agressiva, de enfrentamento, tudo graças aos treinamentos a que somos submetidos, em razão das características de nossa companhia, de avançar sempre, independentemente do que nos espera à frente. Quando decidimos enfrentar um obstáculo e partir pra cima dele, sempre seremos vencedores pois, na pior das hipóteses, teremos vivenciado uma experiência, a qual servirá de lição para que não voltemos a cometer os mesmo erros.
Como se pode notar, e nós já sabemos isso, paintball é muito mais do que um esporte, é um esporte que nos ensina a ver as situações de um outro ângulo, nos ensina a ver - e viver - a vida de uma outra maneira.
Paintball, Companhia Charlie, Dragão Azull: Impossível não se apaixonar por eles!!
Ótima semana a todos
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D.A. 06 - 2º Comando Cia. Charlie
Nasceu um Dragão!! Chalrie!!
Parabens pelo texto!
ResponderExcluirD.A.06... que analogia!!!!
ResponderExcluirPerfeito, vc é muito inteligente...
Mais um orgulho pra familia D.A.
Grande abraço Guerreiro.
D.A.00
Legal!
ResponderExcluirMas precisamos convocar o Átila para os D.As.! O cara também é um infante, né não?!
Hehehehehehehehe!
Parabéns pelo belíssimo texto, 06!
mto legal o texto 06!!!
ResponderExcluirgostaria de avisar que nesse final de semana eu e o 59 estaremos ausentes pois vamos viajar. e no final de semana do dia dia 20 eu tambem vou estar viajando e n poderei comparecer ao treino!
abraço
D.A SEMPER FI!
UHAAAAAA
06,o D.A pra mim foi e é como a primeira namoradinha de qualquer adolecente,vc nunca esquece e lembra sempre com carinho.Parabéns 06
ResponderExcluirPARABÉNS D. A 06.
ResponderExcluirMais uma vez você sempre colocando bem suas palvras.
Somos a infantaria, estamos próximo do nosso maximo, fallujah.
QUERO CONTAR COM FORÇA MÁXIMA TODOS OS INFANTES.
A CHARLIE É INFANTARIAAA?! É SIM SENHORR!!!
D.A SEMPER FII.
Infelizmente no próximo treino dia 4 não poderei comparecer pois serei padrinho de um casamento, realmente é um motivo de força maior.
ResponderExcluirLembrando que na segunda-feira dia 7 é feriado se for ter algum jogo treino sou parceiro.
grande abraço a todos
DA 28