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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O fim de um ciclo

Depois de um certo tempo, volto a escrever no mural da Charlie. A série de problemas particulares, das mais diversas espécies, tomaram meu tempo e me deixaram um pouco afastado, do mural e até da rotina da equipe.
Ocorre que, com relação às atualizações do mural, os problemas pessoais tem uma influência um pouco maior, pois, é quase impossível ser criativo para escrever estando com a cabeça em outros afazeres. Mas, para ter problemas basta estar vivendo. O que importa é não desistir.
No último treino da Cia. Charlie, dia 19/02/2012, recebi a notícia de que eu, juntamente com o D.A. 17 e D.A. 30, estávamos deixando a infantaria para a ingressar no efetivo da companhia Bravo.
Pra ser sincero, o fato não me causou surpresa, pois, há algum tempo, eu já havia sido informado que a minha saída só dependia de preparo de um sucessor para o comando da companhia. O D.A. 78 foi o escolhido pelos membros da infantaria como segundo comando. Escolha merecida, pois o mesmo tem se dedicado muito para honrar o posto que lhe foi confiado.
No treino do próximo domingo estarei passando, formalmente, o comando da Cia. Charlie ao D.A. 78. Essa mudança causa em mim um misto de sentimentos: nostalgia, frustração, alegria e saudade. Explico.
Sinto nostalgia dos tempos em que estava entrando no grupo e, consequentemente, na Cia. Charlie. Na época entrei junto com meu grande amigo 64. Ficamos um bom tempo como "os novatos" da companhia, fazendo o papel de "testa de ferro" da companhia que já é a "testa de ferro" do grupo. Foram experiências impagáveis.
A frustração vem por conta do meu trabalho como comando. Não consegui cumprir os planos e alcançar as metas que tracei para a Charlie. Assumi uma Charlie impecável, regada a elogios. Minha infantaria desabou e começou a se reerguer. Entrego para o 78 uma Charlie começando a se firmar em seus primeiros passos, muito diferente da Charlie que eu pensei, um dia, entregar ao meu ex segundo comando, D.A. 64.
A Alegria que sinto é por ver que os Dragões e aspirantes que formam a atual companhia Charlie demonstram ser homens de disciplina, bravura e honra, atributos que não podem faltar em um Dragão. Parte de minha alegria também se deve ao fato de que, na verdade, agora estou me juntando aos antigos irmãos de trincheira, lá dos meus tempos de novato na Cia. Charlie, como por exemplo o Comandante D.A. 73, D.A. 35 e D.A. 87.
Por fim, impossível não sentir saudade do papel que desempenhávamos na Charlie. Confesso que vou sentir saudade de estar entre os primeiros a olhar no olho do inimigo, partir para cima e ser recebido com rajadas que soavam como música aos meus ouvidos.
A partir de agora está tudo em tuas mãos, D.A. 78. Talvez o senhor ainda não tenha uma real idéia do tamanho da responsabilidade que acaba de cair sobre seus ombros. Mas, se o senhor foi escolhido para estar à frente desses valorosos homens que compõe o efetivo da infantaria, é porque já é visível para muitos a sua capacidade de comandá-los.
A mim e a meus companheiros, que saímos da Charlie,  cabe manter o comprometimento com a nova companhia e com o grupo!
A partir desse momento, Comandante D.A. 73, o senhor pode contar com mais três homens em seu efetivo, homens que irão, com muito orgulho, carregar o patch amarelo no peito, mas sempre com o ímpeto e voracidade de um Dragão que acaba de sair do ovo, para desbravar o mundo!

Semper Fi
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D.A. 06 - Rifleman da Cia. Bravo



Nasceu um Dragão!! Charlie!! / Não importa a missão! Bravo!